segunda-feira, 30 de abril de 2018

NOTA DE SOLIDARIEDADE

“O SENHOR já nos mostrou o que é bom, ele já disse o que exige de nós. O que ele quer é que façamos o que é direito, que amemos uns aos outros com dedicação e que vivamos em humilde obediência ao nosso Deus.” (Miquéias, 6, 8).
                        Há mais de dois mil anos, o Filho de Deus, Jesus Cristo, deu a própria vida para nos libertar de todo pecado. Quis, com o gesto, que tivéssemos um renascimento na vida terrena para que consigamos um bom lugar na vida eterna, ou que para que tenhamos vida eterna. Pretendeu Jesus, ao se deixar crucificar, que melhorássemos enquanto filhos e filhas de Deus. Infelizmente, porém, o gesto mais nobre e ao mesmo tempo mais doloroso de Jesus Cristo em favor da humanidade parece não ter tocado ainda os corações de muitos, que inclusive se dizem cristãos ou um dia se disseram cristãos.
                        Nesses dias, o nosso pároco, líder espiritual da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, Padre Américo Leite de Sá Neto, foi vítima de ataques e ofensas dirigidos por algumas pessoas, através das redes sociais da internet, uma ferramenta que deveria servir para a difusão de conhecimentos e bons valores, mas que, ao contrário, tem sido arma usada por quem se acha no direito de agredir, achincalhar, desmoralizar e ofender pessoas de bem.
                        Ao Padre Américo, foram dirigidos adjetivos desrespeitosos e ofensivos, tais como padreco, forasteiro, ditador, cometedor de abuso de autoridade, miliciano, capitalista, e outros termos e expressões que, em respeito às famílias e aos bons costumes, não iremos mencionar, mas que a comunidade sabe quais foram, porque enorme foi a propagação das ofensas ao nosso pároco.
                        Tantas agressões, a quem só faz o bem, evangeliza e propaga a Palavra de Deus, revelam que os autores dessas ofensas são pessoas sem educação, desrespeitosas, sem sentimentos de verdadeiros cristãos e de enorme pequenez humana.
                        No entanto, graças a Deus, como toda semente jogada em campo fértil produz árvores e frutos, a missão sacerdotal do Padre Américo Leite lhe rendeu a nossa gratidão, o nosso respeito e o reconhecimento por seu trabalho. E é justamente em nome disso que estamos aqui, dando sequência à campanha de solidariedade #SOUAFAVOR DO PADRE que também pela internet foi iniciada por muitos fiéis cristãos. Espontaneamente, por dever de justiça, nesse instante apresentamos essa NOTA DE SOLIDARIEDADE ao nosso pároco, que também é o Reitor do Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis, ou Santuário do Lima.
                        Queremos dizer, com isso, que o Padre Américo Leite não está só. Estamos com ele, juntos, solidários, unidos, sem temer um só ataque além dos que já vieram, sem arredar o pé, sem deixar de dar as mãos, porque estender as mãos tem sido também um ato do sacerdote para com a comunidade cristã-católica da Paróquia de Nossa Senhora das Dores.
                        Não pretendemos dar combustão a uma guerra de ódio que não foi iniciada pelo pároco, nem por nós. Nem queremos essa guerra, pois somos cristãos e ela não nos interessa. Queremos apenas dizer a Padre Américo: siga em frente com suas ações pastorais, com seu belíssimo trabalho, pois nós, ovelhas do imenso rebanho do qual o senhor é o pastor, estamos ao seu lado.
                        Ao contrário do que foi dito nas ofensas, Padre Américo Leite não é um padreco. É um líder espiritual nato, hábil, preparado para a missão. É um grande teólogo e um admirável pregador da Palavra de Deus. Ele nunca disse, nem se vangloria, mas além de formado em Teologia, é também formado em Filosofia e atualmente cursa Psicologia. É ainda professor, e como tal já lecionou no Colégio e Curso Desafio e no Colégio Maria Tereza, em Recife-PE. Atualmente dá aulas na Escola Municipal Francisco Francelino de Moura, em Patu, e no Instituto Superior de Teologia Aplicada. De padreco ele está longe de ser. É um sacerdote de mão cheia, sempre acompanhado do Espírito Santo e da presença de Deus, além de ser também um educador.
                        Também não lhe cabe chamar de forasteiro. Como sacerdote e para desempenhar a sua missão, ele teve que deixar a sua casa e a sua família para pregar o Evangelho mundo afora, adotando como casas os lugares para onde é enviado e como famílias as comunidades que a Igreja lhe envia para pastorear os rebanhos. “Vem e segue-me”, disse Jesus Cristo. Assim fez e faz o Padre Américo: vai aonde é necessário levar o Evangelho; segue a Jesus Cristo onde se faça indispensável a sua presença como padre, evangelizador, líder espiritual.
                        Diferentemente de um ditador e de alguém que comete abuso de autoridade, como foi dito por seus agressores, Padre Américo é uma autoridade eclesiástica das mais democráticas que conhecemos. É sempre aberto ao diálogo. Mas não abre mão da manutenção das boas e necessárias regras no dia a dia da Paróquia de Nossa Senhora das Dores e do Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis. Mantém a essência da Igreja Matriz, das Capelas da Paróquia e do Santuário do Lima como lugares santos, de oração, de exercício da fé, de louvor a Deus. Nesses lugares, não admite a libertinagem, o desrespeito, a exploração vergonhosa de seus espaços, como defendem aqueles que o atacam. E, assim agindo, Padre Américo só aumenta o respeito que temos por ele, porque também pensamos e defendemos que esses lugares devem ser de fato palcos de oração, e não de depredação dos seus valores.
                        Padre Américo também não é chefe de milícia, como foi dito irresponsavelmente por alguém. Na proteção ao Santuário do Lima, o padre conta com o apoio e o trabalho voluntário de algumas pessoas, que não constituem uma milícia. E aqui se reconheça publicamente o trabalho voluntário de KIVO e a ação vigilante das Polícias Civil e Militar de Patu, que ajudam a manter a ordem e a paz naquele lugar sagrado.
                        Também adjetivaram o nosso pároco de capitalista, dizendo seus algozes que ele só gosta de dinheiro. Quem diz isso, pouco ou quase nunca frequenta e Igreja, seja a Matriz, seja alguma daqueles do Santuário do Lima. Desconhece a realidade e o trabalho gigantesco realizado por Padre Américo.
                        Quem diz isso, também desconhece a Bíblia Sagrada, que em diversas passagens nos manda devolver a Deus um pouco do muito que Ele nos dá, que é dízimo. Em nossa Igreja Católica, ninguém é obrigado a contribuir financeiramente na forma de dízimo, nem nas muitas campanhas realizadas em prol da Paróquia ou do Santuário do Lima. Todas as contribuições de paroquianos são voluntárias, espontâneas, feitas de coração.
                        Sozinho, sem a colaboração dos fiéis, Padre Américo Leite não teria como realizar tantas obras e tantas melhorias na Paróquia de Nossa Senhora das Dores e no Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis, que, diga-se de passagem, estão cada vez melhores, mais bonitos, mais agradáveis aos olhos de Deus.
                        Se gastamos tanto nas reformas que fazemos em nossos lares, por que não podemos doar um pouco para também melhorarmos a Casa do Senhor?
                        Para si, o Padre Américo nada pede. Para a comunidade cristã-católica, que se utiliza dos benefícios feitos na Igreja Matriz, nas Capelas da Paróquia e no Santuário do Lima, ele sempre roga pela ajuda dos fiéis, que, repita-se, contribuem voluntariamente, imbuídos da certeza de que os recursos serão – como sempre são – muito bem aplicados.
                        Nesse sentido, destacamos que desde que assumiu a Paróquia de Patu, em 28 de abril de 2013, e desde que se tornou Reitor do Santuário do Lima, em 09 de dezembro de 2015, Padre Américo Leite tem trabalhado incansavelmente em prol da Paróquia, das suas Capelas e do próprio Santuário.
                        E não são apenas obras físicas. Do contrário, as ações de evangelização estão sempre em primeiro lugar. Mas a melhoria física dos lugares sagrados também se faz necessária. Aliás, desde os tempos em que os hebreus carregavam a Arca da Sagrada  Aliança, sempre houve um cuidado especial com as instalações da Casa de Deus. Quando se fixaram e construíram Templos, os hebreus lhes destinaram especial atenção, porque a Casa de Deus não pode ser mal cuidada ou relegada a um segundo plano.
                        À frente da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, Padre Américo criou o Movimento Eucarístico Jovem – MEJ; tem realizado grandes Festas da nossa Padroeira; e sempre apoia os movimentos e ações das muitas pastorais que atuam na Paróquia.
                        Como benefícios e melhorias para a Paróquia, e não para si, Padre Américo, com a ajuda indispensável e voluntária dos paroquianos, realizou diversas ações para a Igreja Matriz, dentre as quais destacamos: aquisição de um novo carro para servir à Paróquia; restauração dos vitrais da Igreja Matriz; reforma completa de todo o presbitério; pintura completa da Igreja; restauração das imagens sacras; construção de banheiros e cozinha no salão paroquial; reforma completa da Casa Paroquial; aquisição de uma nova bancada; e aquisição de um novo e moderno serviço de som para a Igreja.
                        As Capelas que também compõem a Paróquia de Nossa Senhora das Dores também recebem a atenção do pároco. Nesse sentido, ele coordenou os trabalhos de reforma das Capelas situadas na Zona Rural de Patu e ficou à frente da ampla reforma da Capela de Nossa Senhora das Graças, em Messias Targino, onde houve a aquisição de um novo presbitério, a pintura completa da Igreja e a troca de bancos.
                        No Santuário do Lima, o trabalho de Padre Américo possibilitou a pintura das Igrejas e a conclusão da reforma da Casa dos Padres, além de outras melhorias na estrutura física do lugar.
                        Habitualmente, Padre Américo presta contas aos fiéis de suas ações, mostrando sempre transparência na condução da Paróquia e do Santuário. E, como ele sempre diz, quando um dia ele tiver que sair, todos os benefícios feitos ficarão na Paróquia e no Santuário, pois não são realizados para ele, mas para os paroquianos e romeiros.
                        Os ataques e as agressões sofridos por Padre Américo não se justificam. Motivam-se na arrogância de alguns e no desejo de libertinagem de outros, que acham que a bagunça e a desordem deveriam imperar no Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis, que é uma propriedade privada da Igreja, além de ser, repita-se, um lugar de oração e louvor a Deus.
                        Uns poucos pretendem que o Santuário do Lima seja lugar de ingestão de bebidas alcóolicas, de direção de veículos automotores por pessoas embriagadas, de cenários para fotografias de nudez completa. Esquecem esses poucos que o Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis é um dos pontos de romaria mais visitados do Nordeste brasileiro; esquecem que os romeiros que para lá se dirigem não buscam a diversão mundana, já ofertada em outros lugares, mas ali vão em busca de paz, religiosidade, oração a Deus.
                        Alegam, infundadamente, que o Padre Américo prejudica o turismo de Patu porque proíbe o banho na barragem e nas bicas da área do Santuário do Lima. Quanta inverdade! Essas proibições, ao contrário, valorizam ainda mais o Santuário enquanto lugar de turismo religioso, que há décadas torna o Município de Patu um dos lugares mais conhecidos de todo o Nordeste brasileiro.
                        A promiscuidade, a bebedeira desenfreada e a luxúria humana não podem jamais ser admitidas no Santuário do Lima. Isso, sim, prejudicaria a sua imagem, como já a prejudicaram no passado, quando umas poucas pessoas achavam que podiam fazer tudo nas terras do Santuário.
                        Em Santa Cruz-RN, onde já o Santuário de Santa Rita, existe uma Lei Municipal que proíbe a venda de bebidas alcóolicas nas imediações do lugar, para que se preserve a natureza sagrada dele.
                        Se qualquer um de nós invadisse a casa de quem agora ataca gratuitamente o Padre Américo e nela pretendesse fazer o que eles desejam realizar no Santuário do Lima, seríamos no mínimo expulsos de lá, se não saíssemos presos pela Polícia.
                        Infelizmente, é essa a essência da motivação dessa campanha agressiva realizada por umas poucas pessoas contra nosso pároco e Reitor do Santuário do Lima. É uma motivação pequena, injusta, desarrazoada, incabível, imoral até.
                        Mas o Padre Américo não está nem ficará só. Como cristãos, temos a obrigação de estar ao seu lado, adotando um posicionamento firme de cristão. Sabemos que, como ser humano, ele tem as suas falhas, como nós também temos as nossas. Mas, como líder espiritual e pastor do imenso rebanho de que cuida com tanto carinho, ele tem agido como pessoa de Deus, com correção e com compromisso à sua missão sacerdotal.
                        Fique tranquilo, Padre Américo, pois Deus está contigo e nós estamos ao seu lado. As pessoas que covardemente lhe atacam pela internet representam pouco diante do grande número de paroquianos que lhe apoiam. A imensa maioria da comunidade paroquiana lhe dá os ombros e as mãos amigas. Sinta-se abraçado por cada um de nós, e receba de nós a mais profunda solidariedade. Siga em frente. Mantenha as suas ações pastorais. Prossiga na sua difícil mas gratificante missão sacerdotal. Faça as campanhas que entender necessárias para a manutenção da Paróquia, das suas Capelas e do Santuário do Lima. Não mude em nada o seu agir. Não fique refém de uns poucos que acham que têm o direito de lhe agredir com ofensas, mentidas e palavras de baixo calão.
                        Advertimos, no entanto, que não enveredaremos pelas trincheiras de uma guerra de palavras. Não. Desde já levantamos a bandeira da paz, porque somos cristãos e devemos nos comportar como tais.
                        Assim como o Padre Américo certamente fará, precisamos perdoar as pessoas que denigrem e ferem a imagem e a honra de nosso pároco. Quem sabe não sejam essas pessoas aquelas ovelhas fora do rebanho, que precisam ser recuperadas pelo bom pastor!
                        Para finalizar, vamos nos comportar como está recomendado em Efésios, 6, 14: “Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça”.
                        Patu-RN, 28 de abril de 2018.

AS PASTORAIS E OS MOVIMENTOS DE ATUAÇÃO NA PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DAS DORES